Novos

6/recent/ticker-posts

Regeneração: Obra de Deus e causa da Fé


 

Regeneração: Obra de Deus e causa da Fé

Uma Defesa da Prioridade da Graça Soberana na Salvação

Introdução

A condição humana, à luz das Escrituras, apresenta um diagnóstico severo e incontornável: a morte espiritual. O apóstolo Paulo é taxativo ao afirmar que estávamos "mortos nos vossos delitos e pecados" (Efésios 2:1). Esta não é uma enfermidade da qual o homem possa se recuperar com suas próprias forças, nem uma fraqueza que possa ser superada por um ato de vontade. A morte espiritual é um estado de completa incapacidade. O homem natural, em sua condição caída, não apenas se desvia de Deus, mas é incapaz de ouvir Sua voz, de compreender as verdades espirituais e, consequentemente, de produzir a fé salvadora por si mesmo.

Este artigo defende a tese de que, para que um pecador possa crer em Cristo, ele precisa primeiro de uma intervenção divina radical e unilateral: a regeneração. Argumentaremos, com base nas Escrituras e em teólogos da tradição reformada, que a regeneração é a obra monergística do Espírito Santo que precede a fé, sendo a causa da qual a fé é o efeito inevitável. Sem este novo nascimento operado por Deus, o homem permanece em suas trevas, surdo ao chamado do Evangelho e incapaz de responder em fé e arrependimento.

O Diagnóstico Bíblico: A Morte e a Incapacidade do Homem

Antes de prescrever o remédio, é crucial compreender a gravidade da doença. A doutrina da depravação total não significa que o homem seja tão mau quanto poderia ser, mas que cada faceta de seu ser — mente, vontade e afetos — foi corrompida pelo pecado, tornando-o incapaz de agradar a Deus ou de buscar a salvação por sua própria iniciativa.

O profeta Jeremias oferece um retrato sombrio do coração humano não regenerado: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9). Esta corrupção não é superficial; ela define a própria natureza do homem. Tão profunda é essa condição que Jeremias a compara a características imutáveis: "Pode o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas malhas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal" (Jeremias 13:23). Como Steven J. Lawson aponta, Jeremias "afirmava inequivocamente que o incrédulo não possui nenhuma capacidade congênita de arrepender-se do seu pecado e de converter-se a Deus".¹³

Jesus Cristo, em seu ministério, confirmou essa incapacidade volitiva de forma ainda mais contundente: "Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer" (João 6:44). A palavra "pode" (em grego, dunamis) não se refere a uma permissão, mas a uma capacidade. O homem não regenerado não pode vir a Cristo porque lhe falta a habilidade espiritual para tal. Ele é, como Jesus ensinou, um "escravo do pecado" (João 8:34), e um escravo não possui a liberdade de escolher um novo mestre.

A incapacidade se estende à compreensão. Paulo é claro: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Coríntios 2:14). Para o homem não regenerado, o Evangelho é um discurso sem sentido. Sem uma obra prévia do Espírito, a pregação da cruz cai em ouvidos surdos e mentes cegas. Portanto, a condição humana não é a de um doente que precisa de ajuda para se levantar, mas a de um cadáver que precisa ser ressuscitado.

A Intervenção Soberana: A Natureza da Regeneração

Se o homem está morto, a solução não pode vir dele mesmo. A salvação precisa ser iniciada por Aquele que tem poder sobre a morte: Deus. Essa obra inicial e fundamental é a regeneração, o novo nascimento. Jesus disse a Nicodemos: "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3).

A regeneração é uma obra "monergística", ou seja, realizada por um único agente: Deus. Como R. C. Sproul explica, "O único que realiza a obra da regeneração é Deus. Você não tem qualquer participação nela".¹⁵ Esta verdade é ecoada pelos Cânones de Dort, que descrevem a regeneração como "claramente uma obra sobrenatural, poderosíssima, e ao mesmo tempo a mais deleitável, maravilhosa, misteriosa e indizível", que Deus opera "em nós a despeito de nós".⁶

Esta obra divina cumpre as promessas do Antigo Testamento: "Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos" (Ezequiel 36:26-27). Note a insistência divina: "Eu darei", "Eu porei", "Eu tirarei", "Eu farei". A iniciativa e a eficácia são exclusivamente de Deus.

Esta nova vida é implantada "mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente" (1 Pedro 1:23). O Evangelho é o instrumento que o Espírito Santo usa para realizar esta obra vivificadora. Em Atos, lemos sobre Lídia: "o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia" (Atos 16:14). A abertura do coração (regeneração) precedeu e capacitou sua atenção e fé.

A Ordem da Salvação: A Regeneração Precede a Fé

A questão crucial na ordem da salvação (ordo salutis) é a relação entre a regeneração e a fé. A teologia reformada, com base sólida nas Escrituras, afirma que a regeneração logicamente e causalmente precede a fé. Uma pessoa não nasce de novo porque crê; ela crê porque nasceu de novo.

J. I. Packer articula isso com precisão, afirmando que a fé consciente é o "fruto imediato" da regeneração, "não sua causa imediata".¹² Steven Lawson reforça: "A regeneração precede à fé porque a regeneração produz a fé".³ A lógica é irrefutável: como pode um homem espiritualmente morto (Efésios 2:1), com uma mente que considera as coisas de Deus uma loucura (1 Coríntios 2:14) e uma vontade escravizada pelo pecado (João 8:34), escolher crer em Cristo? É como pedir a um cadáver que decida ressuscitar para que possa receber a vida.

O evangelho de João é um testemunho poderoso desta verdade. Ele afirma que aqueles que receberam a Cristo "não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João 1:13). A origem da nova vida que leva à fé não é humana, mas divina. Da mesma forma, em sua primeira epístola, João estabelece uma relação de causa e efeito: "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus" (1 João 5:1). A crença é a evidência, a prova de que o novo nascimento já ocorreu.

A fé, portanto, é um dom de Deus (Efésios 2:8), não no sentido de que Deus meramente a oferece, mas, como afirmam os Cânones de Dort, "porque é de fato conferida ao homem, implantada e infundida nele. [...] é Ele quem efetua no homem tanto o querer quanto o realizar".⁶ A regeneração é a obra de Deus que vivifica a alma, renova a vontade e ilumina a mente, capacitando o pecador a fazer o que antes era impossível: responder ao Evangelho em fé e arrependimento.

Os Frutos da Nova Vida: Fé, Arrependimento e Santidade

Afirmar a prioridade da regeneração não anula a responsabilidade humana; pelo contrário, a estabelece sobre o único fundamento possível. Como John Murray explica, "Somente Deus regenera; somente nós cremos".¹⁴ A regeneração é o ato de Deus; a fé é o ato do homem agora regenerado. A fé é o primeiro suspiro da alma que foi ressuscitada pelo Espírito.

Este primeiro ato de fé é inseparável do arrependimento. São duas faces da mesma moeda da conversão. O arrependimento é o voltar-se do pecado, e a fé é o voltar-se para Cristo. Uma fé que não odeia o pecado não é salvadora, e um arrependimento que não confia em Cristo é apenas remorso.

A vida que brota da regeneração é caracterizada por frutos contínuos. O apóstolo João lista as evidências de quem é "nascido de Deus": a prática da justiça (1 João 2:29), o abandono de uma vida de pecado habitual (1 João 3:9), o amor aos irmãos (1 João 4:7) e a vitória sobre o mundo pela fé (1 João 5:4).

Esta nova vida é um processo de transformação contínua, a santificação. Paulo exorta: "desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Filipenses 2:12-13). O crente trabalha porque Deus já está trabalhando nele. A soberania divina na regeneração é a garantia e o poder para a responsabilidade humana na santificação.

Conclusão

A doutrina da regeneração como um ato soberano e precedente de Deus é o coração do Evangelho da graça. Ela destrói o orgulho humano, pois nos mostra que nada em nós mesmos pode contribuir para nossa salvação. Estávamos mortos, e os mortos não cooperam em sua ressurreição. A salvação, do começo ao fim, é obra de Deus.

Essa verdade não nos leva à passividade, mas a uma profunda gratidão e a uma fé robusta. Ela nos assegura que, se cremos, é porque Deus realizou um milagre em nós, abrindo nossos olhos, desobstruindo nossos ouvidos e substituindo nosso coração de pedra por um de carne. É porque Ele nos deu vida que podemos ouvir Sua voz. É porque Ele nos regenerou que podemos crer. A glória, portanto, não pertence a nós, mas unicamente a Ele, que "nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça sois salvos" (Efésios 2:5).


Referências Bibliográficas

1.    NASCIMENTO, Adão Carlos. A Bíblia é nossa testemunha: Uma breve história da interpretação. 2ª edição. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2011.

2.    PACKER, J. I. Teologia Concisa: Um Guia de Estudo das Doutrinas Cristãs Históricas. Trad. Rubens Castilho. 3ª edição. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2014.

3.    LAWSON, Steven J. Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). Org. Tiago J. Santos Filho. Trad. Odayr Olivetti. Vol. 1. São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2012.

4.    VASCONCELOS, Marcos, trad. As Três Formas de Unidade das Igrejas Reformadas — A Confissão Belga, O Catecismo de Heidelberg e Os Cânones de Dort. 2ª edição. Recife, PE: Editora CLIRE, 2009.

5.    SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em 1 e 2Pedro. Trad. Markus Hediger. 1ª edição. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2016.

6.    MURRAY, John. Redenção Consumada e Aplicada. Trad. Charles Marcelino da Silva. 2ª edição. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2010.

 

Perguntas:

Sobre a Natureza e a Capacidade Humana

1.    A Bíblia descreve o homem não regenerado como "morto em delitos e pecados" (Efésios 2:1, 5). Como um cadáver espiritual pode, por si mesmo, gerar um ato de vida como a fé salvadora? De onde um morto tira vida para crer?

2.    Se o apóstolo Paulo afirma que "o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las" (1 Coríntios 2:14), como essa mesma mente, que vê o evangelho como loucura, pode originar a fé genuína em Cristo antes de ser transformada?

3.    Jesus disse categoricamente: "Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer" (João 6:44). Se a fé é uma decisão humana que precede a ação de Deus, como isso não contradiz a afirmação de Jesus de que o homem, por si só, tem uma incapacidade (não pode) de vir?

4.    Jeremias 13:23 compara a incapacidade do pecador de fazer o bem à incapacidade de um etíope mudar sua pele. Se a natureza do homem é tão radicalmente inclinada ao mal, como ele pode produzir o ato mais justo e bom de todos, que é a fé em Deus, antes de ter sua natureza mudada?

Sobre a Causa, a Origem e a Natureza da Fé

5.    Se a fé é o que causa o novo nascimento, qual é a origem dessa fé? Ela brota de um coração que a Bíblia descreve como "enganoso e desesperadamente corrupto" (Jeremias 17:9)? Uma fonte corrupta pode produzir uma fé pura e salvadora?

6.    Em Atos 16:14, lemos que, no caso de Lídia, "o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia". A ação divina de "abrir o coração" parece ser a causa que a capacitou a "atender" (crer). Você entende que a fé dela veio antes ou como resultado dessa intervenção divina?

7.    O apóstolo João escreve: "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus" (1 João 5:1). A estrutura gramatical sugere que o crer é a evidência que identifica alguém que já é nascido de Deus. Como você interpreta essa relação de causa e efeito apresentada por João?

8.    Se a fé é uma contribuição humana que inicia a salvação, como isso se encaixa com Efésios 2:8-9, que diz que a salvação é "dom de Deus... não de obras, para que ninguém se glorie"? Se o ato inicial de fé vem de nós, não teríamos do que nos gloriar, ao menos por termos iniciado o processo?

Sobre a Lógica da Ordem da Salvação

9.    Jesus disse a Nicodemos que é preciso "nascer de novo" para "ver o reino de Deus" (João 3:3). A fé não é a principal maneira pela qual uma pessoa "vê" e entra no Reino? Se sim, como alguém poderia "ver" (crer) antes de passar pelo novo nascimento que o capacita a ver?

10.                   Se a fé precede a regeneração, isso significa que Deus oferece a salvação e então espera passivamente que o pecador, em sua condição de morte e inimizade, tome a decisão correta. Essa visão se alinha com o retrato de um Deus soberano que, segundo Ezequiel 36:26-27, toma a iniciativa de dar um "coração novo" e "fazer" seu povo andar em seus caminhos?

11.                   O arrependimento é inseparável da fé. Se a fé vem de um coração não regenerado, o arrependimento também viria. É possível que um coração de pedra (Ez 36:26), que é inimigo de Deus (Romanos 8:7), possa produzir genuíno arrependimento e tristeza pelo pecado contra esse mesmo Deus?

Aprofundando nas Metáforas Bíblicas

12.                   A Metáfora da Criação: A conversão é chamada de uma "nova criação" (2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15). No relato da criação original (Gênesis 1), o "nada" ou a "terra sem forma e vazia" cooperou com Deus para ser criada? Se a regeneração é um ato criador tão poderoso quanto o primeiro, por que a "nova criação" exigiria a cooperação do homem, enquanto a original foi um ato puramente divino?

13.                   A Metáfora da Ressurreição: Pense na ressurreição de Lázaro (João 11). Jesus o chamou para fora do túmulo. A palavra de Cristo deu vida a Lázaro, e sua obediência em sair foi a consequência dessa nova vida, ou Lázaro, ainda morto, teve que fazer um ato de fé para então ser ressuscitado? Como essa imagem se aplica à ressurreição espiritual da morte em pecados?

14.                   A Metáfora do Nascimento: Ninguém nega que o "novo nascimento" (João 3) é uma metáfora poderosa. No nascimento físico, um bebê escolhe, decide ou coopera ativamente para nascer? Se a analogia de Jesus tem algum peso, por que o nascimento espiritual seria um ato de escolha daquele que está nascendo, ao contrário da total passividade do bebê no nascimento físico?

Sobre o Papel do Espírito Santo e a Palavra

15.                   Qual você acredita ser o trabalho específico do Espírito Santo antes de uma pessoa exercer a fé? Ele é um mero persuasor que apresenta argumentos a uma mente hostil (Romanos 8:7), ou Ele é um agente vivificador que efetivamente muda a natureza do coração para que a pessoa possa responder positivamente?

16.                   Em Tito 3:5, Paulo diz que Deus nos salvou "mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo". A linguagem aqui descreve uma ação que o Espírito realiza em nós. Se a nossa fé vem primeiro, o Espírito estaria respondendo à nossa fé, ou Ele estaria iniciando a obra de "renovação" que nos capacita a ter fé?

17.                   Sabemos que "a fé vem pelo ouvir a palavra de Cristo" (Romanos 10:17). Como você entende a interação entre a Palavra (o meio externo) e o coração do ouvinte (a condição interna)? Se dois homens ouvem a mesma pregação e um crê e o outro não, e ambos estão em estado de depravação, o que fez a diferença? Foi a Palavra, a vontade do homem ou uma obra secreta do Espírito em um deles?

Sobre a Lógica da Eleição e do Chamado do Evangelho

18.                   A Bíblia ensina que Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo" (Efésios 1:4). Se a decisão final de crer depende do livre-arbítrio não regenerado do homem, isso não significa que o plano eterno de Deus para a eleição poderia falhar? Deus deixaria a eficácia de Seu decreto eterno depender de uma vontade humana que a Bíblia descreve como escravizada pelo pecado?

19.                   Como sua visão explica a diferença entre o chamado geral (o Evangelho pregado a todos) e o chamado eficaz (aquele que efetivamente produz a salvação)? Se todos são igualmente capazes de crer, por que o chamado não é eficaz para todos que o ouvem? A diferença reside em Deus ou no homem?

Implicações para a Vida Cristã e a Segurança da Salvação

20.                   Se a minha salvação foi iniciada por um ato da minha própria vontade, a minha segurança eterna não dependeria, em última análise, da força e da consistência da minha vontade para "permanecer crendo"? Por outro lado, se a salvação começou com um ato soberano e vivificador de Deus (regeneração), a nossa segurança não estaria firmada na fidelidade de Deus que completa a obra que Ele começou (Filipenses 1:6)?

21.                   Ao aconselhar um crente que luta com dúvidas sobre sua salvação, qual seria a base do conforto? Você o apontaria para a sinceridade de sua decisão passada ou para a natureza objetiva da obra de Cristo e a promessa de Deus de preservar Seus filhos? Como a ordem "fé antes da regeneração" impacta a certeza da salvação?

 

Versículos:

 

Jo 3.3–7 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.

Ez 36.26–27 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.

2Co 5.17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

Tt 3.5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,

1Pe 1.23 pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.

Ef 2.1–5 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,

Cl 2.13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;

Tg 1.18 Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.

1Jo 5.1 Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.

Rm 6.4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

Gl 6.15 Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.

Jo 1.12–13 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

Ez 11.19–20 Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

Ef 4.22–24 no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.

Jo 6.44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.

1Co 2.14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

2Tm 2.25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,

1Jo 2.29 Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.

1Jo 3.9 Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.

1Jo 4.7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.

1Jo 5.4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.

Fp 1.6 Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.

Rm 8.29–30 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.

2Ts 2.13–14 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

Jr 24.7 Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.

Dt 30.6 O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas.

Jr 31.33–34 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.

Ez 37.14 Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor.

At 16.14 Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia.

Rm 6.6–7 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado.

Rm 8.5–9 Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

Jd 19 São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito.

Rm 8.5–8 Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

Gl 5.17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.

 



Postar um comentário

0 Comentários