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Em defesa da Trindade



Gênesis 1:26 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”.

"A Trindade: Tente explicá-la, e perderá a cabeça; mas tente negá-la, e perderá a alma". Robert South

Introdução:

O tema Trindade foi bastante discutido nos primeiros séculos pelos pais da igreja. O Espírito Santo guiou grandes homens para defenderem a verdade registrada nas escrituras sagradas até chegarmos à definição do que chamamos de Doutrina da Trindade. Homens como Tertuliano, Irineu, Atanásio e Agostinho foram capacitados de sabedoria para guiar a Igreja no caminho certo.

Algumas heresias enfrentadas:

O Modalismo

Um modalista vê Deus como uma pessoa em vez de três pessoas e acredita que o Pai, o Filho e o Espírito são simplesmente modos ou formas diferentes da mesma Pessoa divina. Segundo o modalismo, Deus pode alternar entre três manifestações diferentes.

Monarquianismo

Um monarquista acredita na unidade de Deus ao ponto de negar a natureza trina de Deus.

O Monarquianismo Dinâmico

Começou com uma visão errônea da natureza especificamente de Jesus. Essa visão crê que Ele não era Deus, mas foi, em Seu batismo, capacitado por Deus para fazer as maravilhas que fez. Os monarquianistas dinâmicos diziam que Deus deu força e poder a Jesus, adotando-o como Filho, negavam a divindade absoluta de Jesus e a Trindade. Esta heresia era o prenúncio do arianismo, que, no início de terceiro século, negava a eternidade de Jesus, pois considerava Cristo um deus de segunda categoria, igual ao ensino das Testemunhas de Jeová. Essa doutrina dos dinâmicos era defendida por Teodoro de Bizâncio, Artemão e Paulo de Samosata.

O Monarquianismo Modalista

Visão modalista de que Jesus era Deus, mas apenas em virtude do fato de que Jesus era uma das “manifestações” de Deus. De acordo com o modalismo, Deus manifestou-se diversamente como o Pai (principalmente no Antigo Testamento), como o Filho (principalmente desde a concepção de Jesus até a Sua ascensão) e como o Espírito Santo (principalmente após a ascensão de Jesus ao céu). 

Monarquianistas modais ou modalistas ensinavam que as três pessoas da Trindade se manifestavam de vários modos, daí o nome modalista. Defendidos por Noeto de Esmirna e Práxeas de Cartago, ensinavam que o Pai nasceu e sofreu, e que Jesus era o Pai. Por essa razão, no Ocidente, eles eram chamados de patripassianistas (do latim Pater "Pai" e passus de patrior "sofrer" - o Pai encarnou-se em Cristo e sofreu com Ele). 

No Oriente eram chamados sabelianistas, pois Sabélio foi quem mais se destacou na propagação dessa heresia. Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas três aspectos da Divindade, sendo, portanto, uma só Pessoa. Esse ensinamento do bispo Sabélio é hoje chamado de sabelianísmo ou modalismo.

No cristianismo, sabelianismo (também conhecido como monoteísmo modalista, patripassianismo, unicismo, monarquianismo modal ou simplesmente modalismo) é a crença "unicista" de que Deus em sua unicidade se manifestou em carne e não em três pessoas distintas.

Subordinacionismo

Afirma-se também a unidade de Deus em detrimento as outras pessoas divinas. Deve-se tributar prudente veneração a Jesus Cristo, mas não ao ponto de igualá-lo a Deus, pois tal excesso destrói o sentido autêntico de Deus.

Ário é o teólogo mais influente que defendeu esta tese. Ele e seus discípulos enfatizavam o fato de que Jesus foi um ser humano perfeitíssimo, porque ele estava cheio do Espírito.

O filho permanece sempre subordinado ao Pai, porque foi criado ou gerado por ele. Também é chamado de subordinacionismo adocianista ou monarquismo dinâmico, pois, para eles, Jesus mereceu ser adotado pelo Pai.

Concílio de Nicéia

O Concílio de Nicéia (325) refutou a doutrina de Ário, afirmando que Jesus Cristo é o único Filho de Deus. “Cremos em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, gerado desde a eternidade do Pai: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai”.

O Triteísmo

O triteísmo afirma as três Pessoas divinas. Acredita na divindade do Filho, na Pessoa do Espírito, como Deus em igualdade. Mas são três substâncias independentes e autônomas. Não se afirma a relação entre elas nem a comunhão como constitutivo da Pessoa divina. A Trindade transforma-se em três deuses. Somam-se os três divinos, como se atrás de cada Pessoa não houvesse um Único. Existem então três absolutos e não um, três seres eternos e não um, e três criadores e não um. 

Em que acreditamos

Trindade

Há em Deus três hipóstases [pessoas]… o Pai e o Filho e o Espírito são um e único Deus, todavia de modo que Filho não é o Pai como tal; ou o Espírito, o Filho; ao contrário… são distintos entre si por determinada propriedade… Onde se faz menção simples e indefinida de Deus, esse termo cabe ao Filho e ao Espírito não menos que ao Pai. Tão logo, porém, se compara o Pai com o Filho, a propriedade específica distingue cada um do outro.

Trindade Ontológica

Por Trindade Ontológica, entende-se a Trindade que subsiste na Divindade, desde toda eternidade. Na sua vida essencial e inata, dizemos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são os mesmos em substância, possuindo atributos e poderes idênticos e, portanto, são iguais em glória. Isto diz respeito à existência essencial de Deus.

Trindade Econômica

Por Trindade Econômica, entende-se a Trindade tal como se manifesta no mundo, especialmente na redenção do pecador. Existem três obras adicionais, se assim podemos descrever, que são atribuídas à Trindade, a saber, a Criação, a Redenção e a Santificação.

Encontramos, nas Escrituras, que o plano da redenção toma a forma de um pacto, não só entre Deus e o Seu povo, como também entre as várias Pessoas dentro da Trindade, de maneira que há, por assim dizer, uma divisão de tarefas. Cada Pessoa tomando voluntariamente determinada fase da obra.

Ao Pai atribui-se, em primeiro lugar, a obra da Criação, assim como a eleição de certo número de indivíduos que Ele deu ao Filho. Ao filho atribui-se a obra da Redenção, para o cumprimento da qual se encarnou, tomando a natureza humana, de forma que, como representante de seus eleitos, assume a culpa do seu pecado, para resgatá-los da morte. Ao Espírito Santo são atribuídas as obras de Regeneração e de Santificação, ou a aplicação aos corações dos indivíduos, da expiação objetiva que Cristo realizou. Ele faz isto renovando espiritualmente os corações, operando neles a fé, o arrependimento e glorificando-os finalmente no céu.

Textos Bíblicos a favor da Trindade:


         Em Isaías 6:9, Deus diz: “Vai e diz a este povo”. No Novo Testamento é citado da seguinte maneira em Atos 28:25: “Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías…” Nesse caso, o apóstolo atribuiu o falar de Deus ao Espírito Santo.

  Hb 1:8 “mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino.”

At 3:4 “Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”

Mt 28:19 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”

Gênesis 1:26 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”.

O Pai é Deus

Que o Pai é Deus não tem sido muito questionado. Deus na Escritura é frequentemente descrito em termos de “Pai”. Este termo transmite o fato de que Deus administra sua criação assim como um pai cuida de sua própria família. Ele é o Pai de todos, bem como Criador e Soberano Governador, mas é de uma maneira especial o Pai Espiritual somente daqueles remidos em Cristo, e que fazem parte da família da aliança.


          O Filho é Deus


          Que o Filho, Jesus Cristo, é Deus é também claramente declarado na Escritura, tanto por declarações diretas como por aqueles atributos incomunicáveis que lhe pertencem.

Isaías 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

João 1:3 “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”.

João 1:1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus”.


          João 8:58 “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU”.


         João 17:5 “E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo”.

Filipenses 2:6 “Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus.”

João 20:28 “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!”.
 
         Romanos 9:5 “... Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre”.

Mateus 1:23 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).”

Colossenses 2:9 “porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.”

Jo 14:10 “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras. 11Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.”

João 1:14 “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.”

João 10:30 “Eu e o Pai somos um.”

João 5:18 “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.”

João 20:28 “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!”

Atos 20:28 “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.”

Mateus 2:11 “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.”

Mateus 14:33 “E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!”

Mateus 28:9 “E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram.”

Mateus 28:17 “E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.”

Lucas 24:52 “Então eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém cheios de alegria.”

João 9:38 “Então ele afirmou: — Eu creio, Senhor! E o adorou.”

Marcos 2:5 “Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.”

João 5:23 “a fim de que todos honrem o Filho do modo porque honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.”

Hebreus 1:6 “E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.”

Colossenses 1:16-17 “pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”.

Características de Deus em Jesus

Jesus como criador

Is 44:24 “Assim diz o Senhor, que te redime, o mesmo que te formou desde o ventre materno: Eu sou o Senhor, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra”

Jo 1:3 “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.”

Jesus como salvador

Is 43:11 “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador.”

At 4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.”

Jesus com a glória de Deus

Is 42:8 “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.”

Jo 17:5 “E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”

Jesus como primeiro e último

Ap 1:17 “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último”

Is 44:6 “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus.”

Por que façamos está no plural?

Gn 1:26 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.”

Por que nós?

Is 6:8 “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.”

Explicando João 1:1

João 1:1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

TNM “No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era [um] deus”

O texto e o comentário a seguir são extraídos do livrete “...e o Verbo era Deus”, de Esequias Soares da Silva:

a) “No princípio era o Verbo” (En arche en ho logos).

A primeira parte de João 1.1 diz: “No princípio era o Verbo...” No princípio, Ele já existia. Antes mesmo de Gênesis 1.1, o Verbo já estava com o Pai. Ele não foi criado: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele, nada do que foi feito se fez” (João 1.3). Assim, Ele não pode ter sido uma criatura, porque nada há no universo que não veio dEle. Antes da criação e do tempo começar, o Verbo já existia (Jo 8.58).

b) “... e o verbo estava com Deus...” (... kai ho logos en pros ton theon...).

A segunda parte de João 1.1, declara: “E o Verbo estava com Deus...” Isto é um golpe mortal para os “Unicistas”. Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são meramente três aspectos da divindade.

c) “... e o verbo era Deus” (kai theós en ho logos) - monoteísmo cristão.

E a terceira declaração é: “... e o Verbo era Deus”. Vimos ser o Verbo uma pessoa distinta, e agora a passagem o chama de Deus. A ideia de João 1.1 é progressiva, uma declaração vai esclarecendo a anterior até culminar com a declaração enfática: “... e o Verbo era Deus”.

Esta passagem é o tropeço das Testemunhas de Jeová. Vertem na Tradução do Novo Mundo: “E a Palavra era [um] deus”. Tal (per)versão os torna uma seita politeísta: creem em mais de um Deus. O próprio Yahweh declara em sua Palavra: “Antes de mim deus nenhum se formou e depois de mim nenhum haverá” (Is 43.10); “além de mim não há Deus” (Is 44.6). O que fazem as Testemunhas de Jeová com Jesus? Há um só Deus verdadeiro (Jo 17.3), as demais divindades são falsas. 

Mas as Testemunhas de Jeová tentam justificar sua religião politeísta em Êxodo 4.16 e 7.1, numa passagem que revela o Deus de Israel pondo Moisés como Deus ou “por Deus” diante do Faraó. Apelam também para Salmos 8.5, uma profecia mostrando que o Messias se tornaria menor que Elohim (“Deus”, em hebraico), e para Salmos 82.1-6, onde os juízes de Israel são chamados de deuses. Podem assim arrumar um lugar para Jesus no seu panteão, e desta forma justificam a tradução “e a Palavra era [um] deus”.

Outras divindades são falsas

Êxodo 7.1 não diz que Moisés era Deus, mas que seria “como Deus”. Elohim, palavra hebraica para “Deus”, ocorre 2.555 vezes no Antigo Testamento. Em apenas 245 vezes não se aplica ao Deus Eterno, Deus de Israel, pois é um dos nomes comuns de Deus. Salmos 8.5 é citado de forma parafraseada em Hebreus 2.9, onde aparece o termo “anjo” em vez de Deus. Jesus tornou-se menor que os anjos e obviamente menor que Deus, portanto “anjos” ou “Deus”, neste Salmo, diz a mesma coisa. Mas isto não aprova em hipótese alguma o politeísmo no cristianismo. O Salmo 82 aplica-se aos juízes de Israel, os quais eram corruptos e injustos, portanto divindades falsas. São chamados “deuses” ou porque eram representantes de Deus simplesmente, ou por ironia.

Ou as Testemunhas de Jeová admitem a Trindade ou descambam para o politeísmo. Ou Jesus é o Deus verdadeiro ou é uma divindade falsa. A STV coloca Jesus em pé de igualdade com Satanás no livro Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra (p. 40), e na brochura Deve-se Crer na Trindade? (pp. 28-29), ao passo que a Bíblia diz que Jesus é mais sublime que os céus (Hb 7.20), está acima de todo o nome que se nomeia (Ef 1.20-21) e é adorado pelos próprios anjos e por todas as criaturas, no céu e na terra (Hb 1.6; Ap 5.11-13) como “o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20).

A falácia exegética da STV

Assim a STV justifica sua tradução “e a Palavra era [um] deus”, em João 1.1. Na Tradução do Novo Mundo – não aparece o artigo definido grego ho antes do nome Theós (“Deus”), que é predicativo nesta oração. Declara a organização das Testemunhas de Jeová:

“O artigo definido (o) aparece na frente da primeira ocorrência de theós (“Deus”), mas não na frente da segunda ocorrência. A construção articular (quando o artigo aparece) do nome indica identidade, personalidade, ao passo que um nome predicativo, no singular, sem artigo e anteposto ao verbo (como está construída a sentença no grego) indica qualidade de uma pessoa. Portanto, o texto não diz que a Palavra (Jesus) era o mesmo que o Deus com quem estava, mas, antes, que o Verbo (a Palavra) era semelhante a um deus, era divino, era um deus” (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 213).

A prova desta falácia é que João também não usou o artigo antes do nome Theós nos vv. 6,12,18 deste mesmo capítulo, mas nem por isso a Tradução do Novo Mundo traz: “Houve um homem enviado como representante de um deus” (v. 6); ou: “...tornaram filhos de um deus” (v. 12); ou ainda: “Ninguém jamais viu a um deus” (v. 18).

O Espírito Santo é Deus

As perfeições e ações divinas também são atribuídas ao Espírito Santo.

Salmo 139:7ss, “Para onde me ausentarei do teu Espírito?  Para onde fugirei da tua face?”.

1Coríntios 2:11 “...  as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”.

A natureza divina do Espírito também pode ser vista quando comparamos algumas passagens do Antigo e do Novo Testamento.

Isaías 6:8-9 “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”.

Atos   28:25-26 “E, havendo   discordância   entre   eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis”.

e compare ....

Jeremias 31:33 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”.

Frases de Teológos

Lloyd-Jones

     “Ela é, em certo sentido, a mais excelsa e a mais gloriosa de todas as doutrinas, a coisa mais espantosa e estonteante que aprouve a Deus revelar-nos sobre Si mesmo”

Bavinck:

     “O artigo sobre a santa Trindade é o coração e o núcleo de nossa confissão, a marca registrada de nossa religião, e o prazer e o conforto de todos aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo. Essa confissão foi a âncora na guerra de tendências através dos séculos. A confissão da santa Trindade é a pérola preciosa que foi confiada à custódia da Igreja Cristã”

Gregório Nazianzeno:

     “Não posso pensar em um e único, sem que me veja imediatamente envolvido pelo fulgor dos três; nem posso distinguir os três, sem que me veja imediatamente voltado para um e único” (Institutas I:13:17).

Jonathan Edwards

     “Deus tem parecido glorioso para mim, na descrição da Trindade. Isso tem me feito ter pensamentos exaltantes de Deus, que ele subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo”. A Trindade é “a suprema harmonia de tudo”.

Gregório de Nazianzeno:

     “Eu não posso pensar sobre um, mas sou imediatamente rodeado com o esplendor dos três; nem posso descobrir claramente os três, mas sou subitamente levado de volta ao um”.

Calvino (Institutes, I, xiii, 2):

     “Embora ele se declare como sendo apenas Um, ele se propõe a ser distintamente considerado em Três Pessoas, sem cuja apreensão, temos apenas um nome vazio de Deus flutuando em nossas mentes, sem qualquer ideia do verdadeiro Deus"


 

 

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