Novos

6/recent/ticker-posts

A perversão do movimento feminista

A Face Oculta do Feminismo: Uma Análise Crítica de Suas Origens e Consequências


Introdução: Entre a Propaganda e a Realidade

O feminismo é frequentemente apresentado à sociedade como um movimento benevolente, focado na busca por direitos e igualdade de tratamento entre homens e mulheres. Pautas como o direito ao voto, ao trabalho e à direção de veículos são usadas como estandartes para atrair adeptos. Contudo, por trás dessa fachada de justiça social, esconde-se uma ideologia com objetivos muito mais radicais: a desconstrução da família tradicional, do casamento, da moral judaico-cristã e, em última instância, da própria noção de homem e mulher como realidades biológicas distintas.

Este artigo visa a analisar as raízes e a trajetória do feminismo para expor o que defende sua face mais pura e radical, mostrando como um movimento que promete libertação pode, na verdade, conduzir a uma nova forma de servidão ideológica.

1. As Raízes Filosóficas: Iluminismo e Revolução Sexual

O feminismo não surgiu no vácuo. Suas raízes estão fincadas em dois grandes movimentos que moldaram o pensamento ocidental:

  • O Iluminismo: Ao colocar a razão humana como o centro de tudo, o Iluminismo iniciou um processo de marginalização de Deus e da revelação divina. A cultura judaico-cristã, os padrões bíblicos e a moralidade passaram a ser vistos como obstáculos ao progresso, abrindo caminho para que qualquer tradição pudesse ser questionada e descartada.
  • A Revolução Sexual: Este movimento defendeu a ideia de que qualquer restrição à liberdade sexual é uma forma de opressão. O sexo foi transformado em uma ferramenta de controle político e social sob o lema: "se posso fazer tudo no âmbito do sexo, sou livre; se sou proibido de algo, estou sendo oprimido". Curiosamente, muitos dos primeiros defensores dessas pautas eram homens, o que questiona a legitimidade do movimento como algo que nasceu organicamente das mulheres.

2. As Ondas do Movimento: Uma Trajetória de Radicalização

A evolução do feminismo pode ser entendida através de suas "ondas", cada uma mais radical que a anterior.

a) Primeira Onda: A Negação das Diferenças Naturais: Mary Wollstonecraft, em sua obra “Uma Reivindicação pelos Direitos da Mulher” (1792), é considerada a pioneira. Sua tese central era que as diferenças entre homens e mulheres são meramente construções culturais e históricas. Para ela, se meninos gostam de carrinhos e meninas de bonecas, isso se deve unicamente à educação. Esta primeira onda negou a influência de fatores biológicos, psicológicos e hormonais, afirmando que, com a educação e as oportunidades certas, as mulheres se tornariam iguais aos homens em interesses e comportamentos.

Essa lógica persiste até hoje. Por exemplo, exige-se por força de lei que a jogadora de futebol Marta receba o mesmo salário que Neymar, ignorando completamente as realidades de mercado, audiência e receita que diferenciam o futebol masculino do feminino. A premissa não é a igualdade de oportunidades, mas a imposição de resultados iguais, desconstruindo qualquer diferença, seja ela natural ou de mérito.

b) Segunda Onda: A Destruição da Família e da Maternidade: Com Simone de Beauvoir e seu livro “O Segundo Sexo” (1949), o ataque se tornou mais direto. Beauvoir comparava a mulher casada a uma escrava e via a família como o principal foco da opressão masculina. Sua visão era explícita:

"Enquanto a família, o mito da família e o mito da maternidade não forem destruídos, as mulheres continuarão a viver sob opressão."

Para ela, nenhuma mulher deveria ter a opção de ficar em casa para cuidar dos filhos, pois, se essa escolha existisse, muitas a fariam. O lar passou a ser retratado como uma prisão, a maternidade como uma doença e o corpo feminino (com sua ovulação, menstruação e gravidez) como um fator alienante. A Bíblia, especialmente o Gênesis, foi apontada como a culpada por colocar a mulher em uma posição "secundária". A castidade foi ridicularizada, a lealdade conjugal desprezada e a libertinagem romantizada.

c) Terceira Onda: A Desconstrução do Gênero e a Perversão: A terceira onda abandonou a luta por "igualdade" e focou na desconstrução total das identidades. Sob a bandeira da ideologia de gênero, o feminismo passou a pregar que "homem" e "mulher" são apenas papéis sociais inventados. O sexo biológico se tornou irrelevante; o que importa é a autoidentificação. A frase de Beauvoir "Não se nasce mulher, torna-se mulher" foi levada ao extremo: o ser humano nasceria "neutro", e seu gênero seria uma pura construção.

Nesta fase, o lesbianismo é promovido como a forma definitiva de libertação da "opressão heterossexual". Ao abraçar um erro fundamental — a negação da realidade biológica —, a porta se abre para muitos outros. O movimento passa a defender ativamente o padrão gay e lésbico, a pornografia, o adultério e outras práticas que colidem frontalmente com a moral cristã. Esta é a verdadeira face do feminismo radical, muito distante dos cartazes inofensivos sobre direitos iguais.

3. Confrontando os Mitos com Dados

A narrativa feminista se sustenta em mitos que, quando analisados, não correspondem à realidade.

1.    Mito: "Homens ganham mais que mulheres pelo mesmo trabalho."

o   Realidade: Homens, em média, trabalham mais horas, em profissões mais perigosas e em condições mais insalubres (minas, construção civil, guerras), o que naturalmente eleva sua média salarial geral. A disparidade salarial por função idêntica, quando existe, é muito menor do que a propaganda alega e desconsidera fatores como carga horária, experiência e riscos assumidos.

2.    Mito: "Mulheres são mais pobres que os homens."

o   Realidade: Dados globais mostram que a riqueza é distribuída de forma mais equilibrada no topo da pirâmide. No outro extremo, na miséria absoluta, os homens são a esmagadora maioria. Cerca de 85% da população em situação de rua é masculina.

3.    Mito: "Mulheres são as maiores vítimas de violência."

o   Realidade: Embora a violência contra a mulher seja um problema grave e real, os homens são as maiores vítimas de violência letal em números absolutos. No Brasil, por exemplo, dados de homicídios mostram consistentemente que mais de 90% das vítimas são homens.

Conclusão: A Ideologia Contra a Mulher

Não se deixe enganar pela propaganda. O feminismo radical não defende as mulheres; defende uma ideologia. Ele não tolera quem pensa diferente e despreza os direitos das mulheres que não se alinham à sua cartilha. A trajetória do movimento é clara: começou pedindo o direito ao voto, avançou para a revolução sexual, promoveu o aborto, e hoje trabalha ativamente para desconstruir o próprio conceito de "mulher" através da ideologia de gênero.

O objetivo final é a destruição da família, da moral judaico-cristã e da imagem de Deus na criação. A ironia trágica é que a própria Mary Wollstonecraft, a primeira feminista, foi vítima de suas ideias: abandonada pelo homem com quem tinha uma relação "livre", ela tentou o suicídio.

A proposta do feminismo é que a mulher se masculinize, se sensualize e se entregue à libertinagem. A proposta cristã é radicalmente oposta. O que fazer, então? Rejeitar a ideologia e abraçar o desígnio de Deus. Seja mulher. Seja mãe. Seja esposa. Seja guardiã do lar. Seja feminina, na força e na beleza que Deus lhe concedeu.


Bibliografia de referência do artigo original: Campagnolo, Ana Caroline. Feminismo: perversão e subversão. VIDE Editorial, 2019.

 

Postar um comentário

0 Comentários