A Face
Oculta do Feminismo: Uma Análise Crítica de Suas Origens e Consequências
Introdução:
Entre a Propaganda e a Realidade
O
feminismo é frequentemente apresentado à sociedade como um movimento
benevolente, focado na busca por direitos e igualdade de tratamento entre
homens e mulheres. Pautas como o direito ao voto, ao trabalho e à direção de
veículos são usadas como estandartes para atrair adeptos. Contudo, por trás
dessa fachada de justiça social, esconde-se uma ideologia com objetivos muito
mais radicais: a desconstrução da família tradicional, do casamento, da moral
judaico-cristã e, em última instância, da própria noção de homem e mulher como
realidades biológicas distintas.
Este
artigo visa a analisar as raízes e a trajetória do feminismo para expor o que
defende sua face mais pura e radical, mostrando como um movimento que promete
libertação pode, na verdade, conduzir a uma nova forma de servidão ideológica.
1. As
Raízes Filosóficas: Iluminismo e Revolução Sexual
O
feminismo não surgiu no vácuo. Suas raízes estão fincadas em dois grandes
movimentos que moldaram o pensamento ocidental:
- O Iluminismo:
Ao colocar a razão humana como o centro de tudo, o Iluminismo iniciou um
processo de marginalização de Deus e da revelação divina. A cultura
judaico-cristã, os padrões bíblicos e a moralidade passaram a ser vistos
como obstáculos ao progresso, abrindo caminho para que qualquer tradição
pudesse ser questionada e descartada.
- A Revolução Sexual:
Este movimento defendeu a ideia de que qualquer restrição à liberdade
sexual é uma forma de opressão. O sexo foi transformado em uma ferramenta
de controle político e social sob o lema: "se posso fazer tudo no
âmbito do sexo, sou livre; se sou proibido de algo, estou sendo
oprimido". Curiosamente, muitos dos primeiros defensores dessas
pautas eram homens, o que questiona a legitimidade do movimento como algo
que nasceu organicamente das mulheres.
2. As
Ondas do Movimento: Uma Trajetória de Radicalização
A
evolução do feminismo pode ser entendida através de suas "ondas",
cada uma mais radical que a anterior.
a) Primeira
Onda: A Negação das Diferenças Naturais: Mary Wollstonecraft,
em sua obra “Uma Reivindicação pelos Direitos da Mulher” (1792), é
considerada a pioneira. Sua tese central era que as diferenças entre homens e
mulheres são meramente construções culturais e históricas. Para ela, se meninos
gostam de carrinhos e meninas de bonecas, isso se deve unicamente à educação.
Esta primeira onda negou a influência de fatores biológicos, psicológicos e
hormonais, afirmando que, com a educação e as oportunidades certas, as mulheres
se tornariam iguais aos homens em interesses e comportamentos.
Essa
lógica persiste até hoje. Por exemplo, exige-se por força de lei que a jogadora
de futebol Marta receba o mesmo salário que Neymar, ignorando completamente as
realidades de mercado, audiência e receita que diferenciam o futebol masculino
do feminino. A premissa não é a igualdade de oportunidades, mas a imposição de
resultados iguais, desconstruindo qualquer diferença, seja ela natural ou de
mérito.
b)
Segunda Onda: A Destruição da Família e da Maternidade: Com
Simone de Beauvoir e seu livro “O Segundo Sexo” (1949), o ataque se
tornou mais direto. Beauvoir comparava a mulher casada a uma escrava e via a
família como o principal foco da opressão masculina. Sua visão era explícita:
"Enquanto
a família, o mito da família e o mito da maternidade não forem destruídos, as
mulheres continuarão a viver sob opressão."
Para
ela, nenhuma mulher deveria ter a opção de ficar em casa para cuidar dos
filhos, pois, se essa escolha existisse, muitas a fariam. O lar passou a ser
retratado como uma prisão, a maternidade como uma doença e o corpo feminino
(com sua ovulação, menstruação e gravidez) como um fator alienante. A Bíblia,
especialmente o Gênesis, foi apontada como a culpada por colocar a mulher em
uma posição "secundária". A castidade foi ridicularizada, a lealdade
conjugal desprezada e a libertinagem romantizada.
c)
Terceira Onda: A Desconstrução do Gênero e a Perversão: A
terceira onda abandonou a luta por "igualdade" e focou na
desconstrução total das identidades. Sob a bandeira da ideologia de gênero, o
feminismo passou a pregar que "homem" e "mulher" são apenas
papéis sociais inventados. O sexo biológico se tornou irrelevante; o que
importa é a autoidentificação. A frase de Beauvoir "Não se nasce
mulher, torna-se mulher" foi levada ao extremo: o ser humano nasceria
"neutro", e seu gênero seria uma pura construção.
Nesta
fase, o lesbianismo é promovido como a forma definitiva de libertação da
"opressão heterossexual". Ao abraçar um erro fundamental — a negação
da realidade biológica —, a porta se abre para muitos outros. O movimento passa
a defender ativamente o padrão gay e lésbico, a pornografia, o adultério e
outras práticas que colidem frontalmente com a moral cristã. Esta é a
verdadeira face do feminismo radical, muito distante dos cartazes inofensivos
sobre direitos iguais.
3.
Confrontando os Mitos com Dados
A
narrativa feminista se sustenta em mitos que, quando analisados, não
correspondem à realidade.
1. Mito:
"Homens ganham mais que mulheres pelo mesmo trabalho."
o Realidade:
Homens, em média, trabalham mais horas, em profissões mais perigosas e em
condições mais insalubres (minas, construção civil, guerras), o que
naturalmente eleva sua média salarial geral. A disparidade salarial por função
idêntica, quando existe, é muito menor do que a propaganda alega e desconsidera
fatores como carga horária, experiência e riscos assumidos.
2. Mito:
"Mulheres são mais pobres que os homens."
o Realidade:
Dados globais mostram que a riqueza é distribuída de forma mais equilibrada no
topo da pirâmide. No outro extremo, na miséria absoluta, os homens são a
esmagadora maioria. Cerca de 85% da população em situação de rua é masculina.
3. Mito:
"Mulheres são as maiores vítimas de violência."
o Realidade: Embora
a violência contra a mulher seja um problema grave e real, os homens são as
maiores vítimas de violência letal em números absolutos. No Brasil, por
exemplo, dados de homicídios mostram consistentemente que mais de 90% das
vítimas são homens.
Conclusão:
A Ideologia Contra a Mulher
Não se
deixe enganar pela propaganda. O feminismo radical não defende as mulheres;
defende uma ideologia. Ele não tolera quem pensa diferente e despreza os
direitos das mulheres que não se alinham à sua cartilha. A trajetória do
movimento é clara: começou pedindo o direito ao voto, avançou para a revolução
sexual, promoveu o aborto, e hoje trabalha ativamente para desconstruir o
próprio conceito de "mulher" através da ideologia de gênero.
O
objetivo final é a destruição da família, da moral judaico-cristã e da imagem
de Deus na criação. A ironia trágica é que a própria Mary Wollstonecraft, a
primeira feminista, foi vítima de suas ideias: abandonada pelo homem com quem
tinha uma relação "livre", ela tentou o suicídio.
A
proposta do feminismo é que a mulher se masculinize, se sensualize e se
entregue à libertinagem. A proposta cristã é radicalmente oposta. O que fazer,
então? Rejeitar a ideologia e abraçar o desígnio de Deus. Seja mulher. Seja
mãe. Seja esposa. Seja guardiã do lar. Seja feminina, na força e na beleza que
Deus lhe concedeu.
Bibliografia
de referência do artigo original: Campagnolo, Ana Caroline. Feminismo:
perversão e subversão. VIDE Editorial, 2019.
0 Comentários