Contra
o dispensacionalismo
Introdução
Este é
um tema que tem dividido o povo de Deus e levado pessoas a interpretarem a
Bíblia de forma errada. Após 18 séculos, surgiram pessoas que resolveram
reinterpretar as Escrituras. Os dispensacionalistas acreditam que, por todo
este tempo, a interpretação bíblica estava errada.
A
doutrina dispensacionalista surgiu para confundir o povo de Deus. Antes, a
Bíblia era facilmente lida e interpretada (com poucas exceções) por qualquer
pessoa. Leigos conseguiam extrair da Bíblia seus ensinos fundamentais: uma
história com apenas um povo, um caminho para a salvação e um mediador. Não era
necessário ficar imaginando (ou forçando o texto) para tentar entender que
existiam textos para Israel e textos para a Igreja. O dispensacionalismo causa
confusão na mente do leitor ao obrigá-lo a separar textos do Novo Testamento
que seriam para Israel de outros que seriam para a Igreja. Confusão!
Deus,
em Sua soberania, criou o universo com a intenção de separar um povo para Si.
Escolheu apenas um povo, uma única maneira de salvação (a fé) e um só mediador
(Cristo). Não existem diferenças entre judeus e a Igreja. Existe apenas um povo
escolhido, que se encontra entre os judeus e na Igreja. O dispensacionalista
insiste em separar o povo de Deus. A questão não é, e nunca foi, Israel versus
a Igreja. A questão é entre o povo escolhido e os não escolhidos. No Antigo
Testamento, o povo escolhido era representado por Israel (em parte), em virtude
da necessidade de preservar a descendência do Messias. No Novo Testamento, esse
povo foi ampliado para incluir todas as nações que manifestassem fé em Cristo.
Porém, continua sendo o mesmo grupo de escolhidos por Deus desde a fundação do
mundo. É simplesmente lamentável a postura de pessoas que querem criar confusão
e diferenças entre os escolhidos de Deus, estabelecendo uma classe especial de
judeus.
Ora,
se a maioria dos judeus rejeitou a Cristo em Sua vinda, por que eles teriam uma
nova oportunidade? O povo de Israel sempre se mostrou rebelde: descumpria a
aliança, rejeitava a Deus e matou Jesus. Mesmo assim, os dispensacionalistas
acham que eles merecem outra chance. A Bíblia diz que sou bem-aventurado
porque, não vendo, cri. Os judeus viram e não creram; logo, não são
bem-aventurados.
Para
complicar ainda mais as coisas, os dispensacionalistas modificam suas doutrinas
a todo momento. Para amenizar e esconder seus graves erros, precisam mudá-las
constantemente. Hoje, sabemos que existem pelo menos três tipos de
dispensacionalismo: o clássico, o progressivo e o revisado. Isto, por si só,
mostra que a doutrina não tem base sólida nas Escrituras. São meras
interpretações forçadas para tentar atingir seus objetivos. Uma doutrina
estranha e confusa não prospera.
O
movimento chamado de dispensacionalismo surgiu em meados do século XIX na
Inglaterra, por meio do grupo que levou o nome de "Irmãos" ou
"Irmãos de Plymouth", por ter nesta cidade seu quartel-general. Seu
principal expoente foi John Nelson Darby (1800-1882), um irlandês que,
insatisfeito com a Igreja Anglicana, da qual era ministro, juntou-se ao grupo
dos Irmãos em 1827. A característica principal desse grupo foi a ênfase dada às
reuniões semanais de estudo bíblico e celebração da Ceia do Senhor, associada a
um desprezo por qualquer tipo de organização denominacional ou forma de culto.
Os Irmãos rejeitavam qualquer sistema clerical ou classe ministerial,
insistindo que estavam retornando à forma simples de culto e governo
eclesiástico dos apóstolos.
Interpretação
Literal das Escrituras
As
profecias feitas no Antigo Testamento com relação a Israel deverão cumprir-se
literal e incondicionalmente em Israel, como nação ou povo terreno. Nenhuma
promessa do Antigo Testamento, portanto, refere-se à Igreja, pois isso violaria
o princípio da literalidade. As profecias do Antigo Testamento devem ser sempre
entendidas sob a perspectiva do Antigo Testamento. Por exemplo: se o Antigo
Testamento diz que Israel possuirá a terra prometida para sempre, isso
significa que a nação de Israel (o povo judeu) deverá ter como possessão
perpétua aquela porção geográfica do Oriente Médio.
Uma
Divisão entre Israel e a Igreja
Israel
significa Israel, e Igreja significa Igreja. O dispensacionalista nega qualquer
relação entre o Israel do Antigo Testamento e a Igreja do Novo Testamento,
chegando a dizer que não há no Antigo Testamento uma profecia sequer que se
refira à Igreja.
A
Igreja é um Parêntese Imprevisto no Programa Judaico
A era
ou o período da Igreja não foi previsto na profecia do Antigo Testamento e só
foi inserido no programa divino devido à rejeição do Messias pelos judeus. Se
os judeus não tivessem rejeitado Jesus, a era do reino judaico teria começado
na primeira vinda de Cristo. Com a rejeição, houve um intervalo ou interrupção
no programa judaico para que a Igreja tivesse a "sua vez", devendo
esse programa ser retomado logo após o arrebatamento, ou seja, no fim da
dispensação da Igreja.
Dispensações
1. Da
Inocência: começou com a criação de Adão e terminou com sua
expulsão do Éden.
2. Da
Consciência: começou com a expulsão do Jardim
(consciência do bem и do mal) e terminou com o Dilúvio.
3. Do
Governo Humano: começou com o Dilúvio e terminou com a
confusão das línguas.
4. Da
Promessa: começou com Abraão e terminou com a escravidão no
Egito.
5. Da Lei: começou
no Sinai e terminou com a expulsão de Israel e Judá da terra de Canaã.
6. Da
Graça: a atual, que começou com a morte de Cristo e
terminará com o arrebatamento da Igreja.
7. Do
Reino: começará com a Segunda Vinda de Cristo e terminará
com o juízo do Grande Trono Branco – é também chamada de Dispensação do
Milênio.
Textos
Usados
- 1 Coríntios 10:32 diz:
"Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios,
nem tampouco para a igreja de Deus". A simples menção de três grupos
nesse versículo é suficiente para um dispensacionalista concluir que a
própria Bíblia divide a humanidade em três partes distintas.
- "Manejar bem
a palavra da verdade" (2 Timóteo 2:15), conforme a interpretação
dispensacionalista, é estudar a Bíblia desta maneira: dispensacionalmente.
Dispensacionalistas
e as Setenta Semanas de Daniel 9:24-27
1. O
decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém (v. 25) foi emitido em 445 a.C.
por Artaxerxes (Neemias 2:1-8).
2. Os
"sete setes" e os "sessenta e dois setes", quando
entendidos como 483 anos de 360 dias cada, terminam um pouco antes da morte de
Cristo.
3. Entre
o fim da sexagésima nona semana e o começo da septuagésima semana, há uma
lacuna de tempo indefinida, durante a qual o relógio profético para para
Israel, dando início à era da Igreja.
4. Toda a
septuagésima semana é futura e começará quando um líder político fizer um
"pacto" (aliança) com o povo de Israel.
5. No
começo da septuagésima semana, ocorrerá o arrebatamento de todos os crentes.
6. No
meio dessa septuagésima semana, o líder político suspenderá os sacrifícios em
um templo reconstruído, e um período de grande tribulação começará em Israel.
7. A
septuagésima semana termina com a segunda vinda de Cristo.
Observações
Contrárias
1. As
setenta semanas do versículo 24 são 490 anos. Essas setenta semanas são
divididas em três períodos: sete semanas (49 anos), sessenta e duas semanas
(434 anos) e uma semana (7 anos). Esses períodos foram especificados para que
Daniel pudesse "conhecer e discernir" o cumprimento do tempo
envolvido, assim como tinha discernido o cumprimento do tempo na profecia de
Jeremias (9:2). Tal discernimento é impossível se existe um intervalo
indefinido entre a sexagésima nona e a septuagésima semana – especialmente quando
esse intervalo, como insistem os dispensacionalistas, já é mais de quatro vezes
maior que o próprio período das setenta semanas.
2. É
possível que o decreto de Artaxerxes em Neemias 2 seja o decreto mencionado por
Daniel no versículo 25. A despeito de ser esse decreto ou outro, o ponto dessa
declaração é que uma quantidade específica de tempo passará entre o decreto e a
vinda do Messias.
3. As
seis coisas a serem realizadas durante os 490 anos (v. 24) foram todas
cumpridas no primeiro século: a. Cessar a transgressão. A rebelião
pecaminosa de Israel contra Deus teve seu clímax na rejeição e crucificação do
Messias (Mateus 21:33-45; Atos 7:51-52). b. Dar fim aos pecados. Os
pecados de Israel foram reservados para punição até a geração que rejeitou o
Messias (Mateus 23:29-36). c. Expiar a iniquidade. Isso foi cumprido
na morte expiatória de Cristo (Hebreus 2:17; 9:12-14, 26; 1 João 4:10).
d. Trazer a justiça eterna. Isso foi realizado por meio da obra
redentora de Jesus (Romanos 3:21-22). e. Selar a visão e a profecia. Os
olhos e ouvidos dos judeus foram "selados" para que não entendessem
as profecias de Deus (cf. Isaías 6:9-10; 29:10-11; Mateus 13:11-16; João
12:37-41). f. Ungir o Santíssimo. Isso foi cumprido por Cristo (um
nome que significa literalmente "o Ungido") de várias formas (cf.
Lucas 4:18-19; Hebreus 1:9; 9:22-28).
4. Após
as sete semanas e as sessenta e duas semanas, o que implica um tempo durante a
septuagésima semana, o Messias é "cortado". Isto é, Ele sofre a pena
de morte. Em um ponto (não especificado) após a morte do Messias, a cidade e o
santuário são destruídos. A destruição de Jerusalém (v. 26-27) no ano 70 d.C.
foi uma consequência da rejeição e crucificação de Cristo.
5. Aquele
que confirma uma aliança no versículo 27 é o Messias do versículo 26. O fato de
que o antecedente de "ele" não é o "príncipe" do versículo
26 é confirmado de várias formas: a. A palavra "príncipe" nem mesmo é
o sujeito da sentença no versículo 26. O assunto principal é o Messias. b. O
"fim" no versículo 26 é o "fim da destruição", não o
"seu" fim.
6. O
Messias cumpriu ou confirmou as estipulações do antigo pacto, e Sua obra
pactual foi direcionada aos "muitos" (judeus fiéis) por quase
exatamente sete anos, ou "uma semana".
7. Os
três anos e meio do ministério de Cristo foram focados primariamente nos judeus
(Mateus 10:5; 15:24), e por aproximadamente três anos e meio após Sua morte e
ressurreição, o ministério de Seus apóstolos foi focado quase exclusivamente
nos judeus (Atos 1:8; 2:14; Romanos 1:16; 2:10).
8. Cristo
pôs fim aos sacrifícios por meio de Seu próprio sacrifício, oferecido de uma
vez por todas na cruz (Hebreus 8–10; esp. 10:8-9, 12).
9. O
texto de Daniel, embora forneça uma declaração clara dos eventos que marcam o
fim da sexagésima nona semana e o meio da septuagésima, não diz nada sobre um
evento que marque o fim da septuagésima semana. Portanto, não é necessário
encontrar tal evento na Escritura nem na história.
Perguntas
aos que creem em um Rapto Pré-Tribulacional
1. Se
TODOS seremos transformados em um momento, num abrir e fechar de olhos, como
será possível que permaneçam escolhidos ou santos para serem transformados
depois, no final da tribulação?
2. O que
acontecerá com os crentes que morrerem durante este período de tribulação ou
que chegarem ao final dela com vida? Os mortos serão imediatamente
transformados? E então, com os vivos, o que se passará? Serão arrebatados e
transformados em um segundo grupo?
o Não há
base para tal crença. A Bíblia fala de um único arrebatamento, não de dois; de
"uma só ressurreição (para a vida)" (Apocalipse 20:5), não de duas; e
esta ressurreição acontecerá "no último dia" (João 6:39, 40, 44, 54).
3. Quem
são estes escolhidos? E se são escolhidos, por que permanecerão na terra e não
foram no arrebatamento?
o Haverá
falsos cristos e falsos profetas no tempo da grande tribulação, que tentarão
enganar os escolhidos (Mateus 24:21, 24).
4. Se a
Igreja for arrebatada antes da tribulação, quem pregará o evangelho do Reino em
todo o mundo?
o Romanos
10:13-14, 17 diz: "Porque: 'Todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo'. Como, pois, invocarão aquele em quem не creram? E como crerão naquele
de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? [...] De
sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus".
o Alguns
responderão que serão aqueles que ficarem que pregarão; outros têm dito que
Deus terá um grupo reservado na terra para tal tarefa, e outros dizem que serão
os anjos. A isso perguntamos:
§ Como é
possível que os que não creram, mesmo quando o Espírito Santo lhes dava poder e
valor, possam, agora, diante da maior perseguição de todos os tempos, sair
pregando?
§ Nem
sequer os apóstolos puderam sair a pregar antes que viesse o Espírito Santo.
Alguns dizem que quem pregará serão os 144 mil selados que aparecem no livro de
Apocalipse; porém, a Bíblia não diz que eles serão pregadores e, ainda que
pudessem ser, isso é somente uma conjectura sem respaldo bíblico.
5. Apresente
um texto bíblico que diga que as bodas do Cordeiro durarão sete anos.
o De
acordo com a doutrina pré-tribulacionista, a Igreja estará no céu celebrando as
bodas do Cordeiro, enquanto os sete anos de tribulação estarão se passando
sobre a terra.
6. Apresente
um texto bíblico que diga que as bodas do Cordeiro começarão sete anos antes da
segunda vinda de Cristo.
7. Demonstre,
por meio da Bíblia, que a grande tribulação durará sete anos.
8. Como é
possível que a vinda do Senhor para redimir Seu povo seja em segredo e, ao
mesmo tempo, todos a vejam?
o A
vinda do Filho do Homem para Seu povo não será em segredo. Em Lucas 21:27-28,
JESUS nos diz (leia com atenção): "E então verão vir o Filho do homem em
uma nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a
acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa
redenção está próxima".
9. O
arrebatamento parcial (a maioria dos pré-milenistas crê nele): esta
"segunda oportunidade" não lhes recorda o ensinamento da heresia
católica romana do purgatório, que seria uma segunda oportunidade para os
mortos pagarem a expiação por seus próprios pecados?
o Esta
crença ensina que somente os crentes que forem dignos serão arrebatados antes
da tribulação, enquanto os que não tiverem sido fiéis terão de passar pela
tribulação e ter suas cabeças cortadas para poderem ser salvos. Utiliza-se o
verso de Hebreus 9:28 para demonstrar que se necessita de preparação. É como
uma segunda oportunidade para os vivos.
10.
Como é possível que, sendo novos convertidos,
"meninos na fé" e sem o Espírito Santo (que supostamente já não
estará com os crentes), esses novos cristãos, com menos de três anos de
conversão, sem igreja, pastor ou mestre que lhes ensine a Bíblia, possam
suportar os ataques do Anticristo e ainda serem pregadores?
o Os
pré-tribulacionistas ensinam que, durante a grande tribulação, os "santos
da tribulação" são aqueles que se convertem a Cristo nesse período. Hoje,
quando não há tanta perseguição, temos o Espírito Santo, mestres e pastores que
ensinam a Bíblia e, mesmo assim, a maioria não se atreve a dizer a um ímpio:
"Cristo te ama".
11.
A 69ª semana termina com a entrada triunfal, e
a 70ª "está separada das outras 69 por um período indefinido". Por
qual razão? Por que a era da Igreja é vista como um parêntese no plano de Deus?
o Isto
é, o relógio profético parou no domingo de Páscoa e voltará a funcionar depois
do arrebatamento, quando Deus retomar a condução dos Seus planos com Israel no
futuro. Entretanto, não há razão lógica ou exegética para separar a 70ª semana
das outras 69. Não existe outra profecia de tempo nas Escrituras que tenha tal
vácuo.
12.
Se existe um "parêntese" para a
Igreja, quando ela for arrebatada, os judeus deverão voltar a viver segundo o
modo do Antigo Testamento?
13.
Quem garante que ainda existam judeus puros
após quase 7.000 anos, com vários períodos de cativeiro e miscigenação?
14.
Se a salvação é somente por meio de Cristo,
isso não torna a todos iguais?
15.
Qual a motivação que um judeu tem para se
converter agora, se ele acredita que terá outra chance depois do arrebatamento?
16.
Como ficava a situação dos não judeus no Antigo
Testamento? E a dos não judeus nos Evangelhos?
17.
Deus tem três povos? Judeus, a Igreja e os não
judeus do Antigo Testamento?
18.
Se no Antigo Testamento alguém podia ser
contado como israelita, por que a Igreja não é o novo Israel?
19.
Qual seria o objetivo de voltarmos aos
sacrifícios de animais como memorial da morte de Cristo, após o próprio Senhor
ter-nos dado um memorial de Sua morte na Ceia do Senhor?
20.
É correto dizer que todos os judeus rejeitaram
a Cristo? Não é essa a base para o "parêntese"?
21.
Se a maioria dos judeus tivesse aceitado o
reino que Cristo estava oferecendo, isso não teria eliminado a necessidade da
ida de Cristo à cruz?
A
Igreja e a Grande Tribulação
De
acordo com o dispensacionalismo, a tribulação que ocorrerá após o arrebatamento
da Igreja durará sete anos. Seu propósito é "levar à conversão uma
multidão de judeus" que experimentarão o cumprimento da aliança de Israel.
A base apresentada para apoiar esse conceito são as passagens de 1
Tessalonicenses 1:10, 5:9, Romanos 5:9 e Apocalipse 3:10.
Uma
exegese cuidadosa dos textos nas cartas aos romanos e aos tessalonicenses
indica que "a ira vindoura" se refere à ira de Deus que destruirá o
ímpio por ocasião da segunda vinda, conforme indicado em 2 Tessalonicenses
1:7-10. Trata-se, portanto, da manifestação da ira de Deus no juízo final, não
da tribulação que precede a vinda de Jesus. Paulo fala de esperarmos "dos
céus o seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra
da ira futura" (1 Tessalonicenses 1:10). É o segundo advento de Jesus, em
cuja ocasião o arrebatamento terá lugar, que nos liberta da ira vindoura.
Consequentemente, essa ira não pode vir antes do segundo advento.
A
"hora da provação" (gr. peirasmos) em Apocalipse 3:10
poderia se referir à grande tribulação, mas o texto não diz que o povo de Deus
não a experimentará. A frase "Eu te guardarei" origina-se de duas
palavras gregas: tēreō e ek. Tēreō tem
o significado de "velar", "guardar", "preservar";
e a preposição ek significa basicamente "de",
referindo-se à proveniência de algo ou alguém. Outra preposição grega, apo,
expressa a ideia de separação, "longe de".
Em Sua
oração sacerdotal, Jesus diz: "Não peço que os tires do [ek] mundo,
mas que os livres [tēreō] do [ek] mal" (João 17:15). Ao orar
para que os discípulos fossem guardados do mal, Jesus não estava pedindo que
Satanás não pudesse tentá-los. Ele simplesmente pede que o Pai guarde os
discípulos em segurança, vele sobre eles e impeça que o inimigo tenha vitória
sobre eles.
Semelhantemente,
em 2 Pedro 2:9, o apóstolo escreve: "sabe o Senhor livrar da [ek]
tentação [peirasmos] os piedosos". O apóstolo não está dizendo que
o povo de Deus estará longe (apo) da tentação, mas que Ele os livrará
dela (ek) em meio ao processo de serem tentados. Da mesma forma, o
apóstolo João, em Apocalipse 3:10, não está dizendo que os crentes serão
mantidos longe (apo) da hora da provação, mas que eles estarão
protegidos durante esse tempo.
Dessa
maneira, nenhum dos textos usados para apoiar a ideia de que a Igreja não
passará pela grande tribulação está, de fato, dizendo isso. Na verdade, as
Escrituras ensinam claramente que os santos de Deus passarão pela grande
tribulação (Mateus 24:9; Marcos 13:11; Lucas 21:12-19; Apocalipse 13:14-17).
Textos
que Defendem um Só Povo
1. Romanos
9:6-8: Os pontos mais importantes deste texto são os seguintes: Paulo está
falando a respeito dos judeus segundo a carne, da nação de Israel. Conforme o
v. 4, deles são as promessas. A questão, porém, é a seguinte: Cristo veio, mas
a maioria dos judeus O rejeitou e se perdeu. Eles não receberam a promessa. A
promessa falhou? Se ela era para os descendentes de Abraão, como explicar que
tantos deles rejeitaram o Messias? A resposta de Paulo, diferente da que dão os
dispensacionalistas, é: "...nem todos os que são de Israel são israelitas;
nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: 'Em Isaque será
chamada a tua descendência'. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos
de Deus, mas os filhos da promessa é que são contados como descendência. Porque
a palavra da promessa é esta: 'Por este tempo virei, e Sara terá um filho'”
(vv. 6-9). Esta passagem deve ser lida junto com as de Gálatas 3:6-29 e
4:21-31. A promessa não falhou. Não houve necessidade de mudança no programa
divino. Não é preciso esperar pelo "Reino". A promessa se cumpriu e
continua se cumprindo nos verdadeiros descendentes de Abraão: os crentes. É a
mesma promessa com o cumprimento intencionado por Deus, sem qualquer
"parada no relógio de Deus" ou qualquer "desvio do trem do povo
de Deus" para que os trilhos fossem ocupados pela "Igreja". A
Igreja, em suas várias manifestações, é o "trem do povo de Deus" e
está, como sempre esteve, em seu trilho, traçado pelo Soberano. "Vós, irmãos,
sois filhos da promessa, como Isaque" (Gálatas 4:28), disse Paulo aos
gentios crentes. Na teologia ou no "Evangelho de Paulo", o
cumprimento da promessa feita a Abraão – "em ti serão benditas todas as
nações" – está na admissão dos gentios no povo de Deus.
2. Romanos
2:28-29: "Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é
circuncisão a que o é exteriormente, na carne. Mas é judeu o que o é no
interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo
louvor não provém dos homens, mas de Deus".
3. Romanos
4:11-16: A fé é a característica distintiva dessa descendência. Mesmo
sobre os judeus literais (de nascimento), é dito que Abraão é pai somente
"daqueles que, não somente são da circuncisão, mas que também andam nas
pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão"
(vv. 11-12; cf. João 8:39, 56). A passagem também diz que há apenas uma
promessa para essa descendência única de Abraão: "ser herdeiro do
mundo", e o meio pelo qual ela é obtida é a fé, não a obediência legal:
"Porque não foi pela lei que veio a Abraão, ou à sua posteridade, a
promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé. Porque,
se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é
aniquilada" (vv. 13-14). O ensino da passagem, portanto, é que há apenas
um pai, uma descendência, uma promessa e um modo de alcançá-la: a fé. A fé é o
único modo porque, segundo o mesmo apóstolo, a verdadeira descendência de
Abraão é Cristo (Gálatas 3:16). Ele é a essência ou o núcleo central dessa
descendência, pois somente em Cristo e por Cristo a promessa pode ser cumprida.
Se é assim, então somente os que estão em Cristo, sejam judeus ou gentios, no
Antigo ou no Novo Testamento, podem ser, com Ele, descendentes de Abraão e
reivindicar a promessa.
4. Romanos
11:17-24: Aqui, Paulo usa a figura da oliveira для representar Israel (do
Antigo Testamento). A figura se encontra no próprio Antigo Testamento, em
Jeremias 11:16 e Oseias 14:6. De acordo com a ilustração de Paulo, o que
aconteceu com os judeus pode ser ilustrado da seguinte forma: alguns ramos da
oliveira foram quebrados, e uma oliveira brava foi enxertada no meio deles,
tornando-se participante da raiz e da seiva da oliveira. A oliveira boa é
Israel, e a oliveira brava são os gentios convertidos. A fusão dos dois tipos
de ramos representa a Igreja, formada por judeus crentes (ramos bons que não
foram cortados) e gentios crentes (ramos agora bons, que foram cortados da
oliveira brava e enxertados na boa, v. 24). Segundo a figura, nem todos os
ramos da oliveira boa foram cortados, e os ramos da oliveira brava foram
enxertados na oliveira boa. Como teria que ser a figura se Paulo fosse
dispensacionalista? Todos os ramos deveriam ser cortados da oliveira boa, a
qual deveria aguardar em repouso sua hora de brotar novamente. Nesse intervalo,
Deus plantaria uma nova oliveira, formada de alguns ramos daquela oliveira boa
e de outra, brava, a qual deveria cumprir seu papel até ser arrancada para que
a antiga oliveira boa pudesse brotar novamente. É enorme a diferença!
5. Gálatas
4:1-7: Neste texto, Paulo compara o povo de Deus do Antigo e do Novo
Testamento a uma criança que está crescendo. No Antigo Testamento, ela é menor
de idade e está sob a tutela da lei. No Novo Testamento, já é maior e alcança a
posição de filho livre. É outra figura de Paulo para ilustrar o desenvolvimento
e a continuidade da Igreja de Deus. No Antigo Testamento, a criança é Israel,
ainda sujeita à lei como aio (3:23-24). No Novo Testamento, a criança está
desenvolvida e já é livre: é a Igreja. O ponto importante a ser notado é que,
em ambas as situações, a criança é a mesma. É apenas uma questão de
desenvolvimento, não de substituição. Assim também, o povo de Deus é o mesmo em
todas as épocas, sendo as diferenças de situação apenas reflexo de seu estágio
de desenvolvimento orgânico e espiritual.
6. Apocalipse
21:12, 14: A relação entre Israel e a Igreja pode ser vista também na
figura da Nova Jerusalém, a qual possui a representação dos santos de todas as
eras, ou melhor, de ambos os Testamentos. Diz o texto: "E tinha um grande
e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre
elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. [...] E o muro da
cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do
Cordeiro" (vv. 12, 14). Esta mesma cidade é chamada de "a noiva, a
esposa do Cordeiro" (vv. 2, 9, 10). A "noiva de Cristo" é a
Igreja universal (Efésios 5:22-23), também chamada de "corpo de
Cristo". O texto de Apocalipse, então, ensina que os santos do Antigo
Testamento, representados pelas doze tribos, e os do Novo Testamento,
representados pelos doze apóstolos, estarão todos em uma mesma cidade, formando
a "Noiva" ou o "Corpo de Cristo".
7. Hebreus
11:39-40, cf. 12:22-24: Novamente encontramos o mesmo ensino da unidade do
povo de Deus. Desses santos do Antigo Testamento, mencionados no capítulo 11 de
Hebreus, é dito que "todos estes [...] não alcançaram a promessa, provendo
Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem
aperfeiçoados" (vv. 39-40).
8. Mateus
21:43: "Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e
será dado a uma nação que dê os seus frutos". Eis mais um texto que trata
da continuidade do Reino. A palavra "povo" ou "nação" aqui
empregada (gr. ethnos) é a mesma que em 1 Pedro 2:9 é usada para
"nação santa" e certamente se refere à Igreja universal ou "povo
de Deus". A implicação é a seguinte: se Jesus passou para a Igreja o
programa do Reino que tinha começado com Israel, então a Igreja é a continuação
do verdadeiro Israel no Novo Testamento.
9. João
10:16: "Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também
me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um
Pastor". Este versículo, tão mal interpretado e aplicado nestes tempos de
ecumenismo, fala de dois apriscos que haveriam de ser unidos em um só rebanho,
sob a liderança de um só Pastor. Os judeus são chamados no Antigo Testamento de
"ovelhas de Deus" (Ezequiel 34:7-31) e, no Novo Testamento, os
discípulos são chamados de "pequenino rebanho": "Não temais, ó
pequenino rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino" (Lucas
12:32). Conforme Jesus ensinou, as verdadeiras ovelhas dentro do rebanho eram
aquelas que O reconheceram como o Messias e ouviram Suas palavras e O seguiram
(João 10:14, 27). A figura do aprisco, no Antigo Testamento, é significativa
para representar Israel, separado das nações gentílicas. As "outras
ovelhas, não deste aprisco" são os gentios eleitos pela soberana graça de
Deus, os quais, embora ainda não tivessem sido chamados para o verdadeiro aprisco
do Seu Reino, já eram assim denominados por Aquele que nos amou e nos
reconciliou consigo mesmo quando ainda éramos Seus inimigos (Romanos 5:10).
A
Igreja no Antigo Testamento
A
palavra "Igreja" (gr. ekklēsia) significa, literalmente,
"assembleia ou grupo chamado para fora". Por isso, a Igreja é vista
como uma assembleia ou reunião dos eleitos, aqueles a quem Deus chama do mundo,
separando-os do pecado, para um estado de graça.
No
Antigo Testamento, a palavra hebraica usada para "assembleia" ou
"congregação" é qahal. Moisés usa a palavra quando diz ao
povo que o Senhor lhe tinha dito: "Ajunta-me este povo, e os farei ouvir
as minhas palavras, e aprendê-las-ão, para me temerem todos os dias que na
terra viverem, e as ensinarão a seus filhos" (Deuteronômio 4:10).
A
Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento, c. 150 a.C.) traduz a palavra
hebraica qahal (reunir, convocar) pelo termo grego ekklēsiazō,
verbo cognato de ekklēsia, a palavra usada para "Igreja"
no Novo Testamento.
Estêvão,
em seu discurso no livro de Atos, fala do povo de Israel no Antigo Testamento
como a "igreja no deserto": "Este é o que esteve entre a
congregação [ekklēsia] no deserto, com o anjo que lhe falava no monte
Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para vo-las
dar" (Atos 7:38).
Também
podemos ver Paulo, escrevendo aos gálatas (gentios), chamar a Igreja do Novo
Testamento de "o Israel de Deus": "E a todos quantos andarem
conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de
Deus" (Gálatas 6:16).
Não há
como olhar para estes dois textos e ver Estêvão e Paulo fazendo uma dicotomia.
Se fizessem, talvez tivessem que fazer uma observação no texto, dizendo um que
se tratava apenas de uma reunião no deserto e outro que a Igreja não é o Israel
de Deus, lembrando que Deus tem um plano para os gentios e outro para os
judeus, e que a Igreja é um parêntese na história.
Paulo,
escrevendo aos cristãos gentios de Éfeso, diz primeiramente que estavam
separados dos judeus: "Naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança,
e sem Deus no mundo" (Efésios 2:12). Depois, ele diz que foram unidos na
mesma Igreja e feitos um só pelo sangue de Cristo:
"Mas
agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e,
derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a
inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para
criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz
reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E,
vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam
perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que
já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da
família de Deus" (Efésios 2:13-19).
Implicações
da Doutrina Dispensacionalista
1. O
dispensacionalismo ensina que a Igreja é um parêntese na história da redenção,
ou seja, não foi prevista em nenhum lugar do Antigo Testamento. Deus,
aparentemente, só iria tratar com Israel, mas como este O rejeitou, abriu-se um
parêntese, quase forçado e não previsto, para a Igreja. Deste modo, se Israel
não tivesse rejeitado a Cristo, não haveria Igreja. (FURADA)
2. Os
dispensacionalistas acreditam que Israel é um povo especial (fazendo acepção de
pessoas) e que a Igreja é um subgrupo. Sabemos que Deus não tem uma nação
especial, mas um povo eleito. A maioria dos judeus não era parte dos eleitos.
Praticamente só uma tribo foi preservada por causa da linhagem de Cristo
(Judá). Ou seja, eram os eleitos dentro de uma nação. Israel não tem nada de
especial além da linhagem de Cristo. Essa é a única diferença. No mais, os
judeus rejeitaram e mataram Jesus, e ainda pediram maldição para seus filhos.
Não há nenhum motivo para dar outra oportunidade a um povo rebelde. (FURADA)
3. Os
dispensacionalistas dizem que Deus tem dois povos (judeus e a Igreja). No
próprio Novo Testamento, eles afirmam que há partes que são para os judeus e
outras para a Igreja. Nessa visão, torna-se extremamente difícil interpretar o
Novo Testamento, pois o leitor terá que decifrar que parte é para a Igreja e
que parte é para Israel. É uma confusão. (FURADA)
4. Para
os dispensacionalistas, estamos vivendo no intervalo entre a sexagésima nona
semana e a septuagésima. O tempo total das setenta semanas da profecia de
Daniel 9 é de 490 anos. Sendo assim, o intervalo já dura mais de 2.000 anos. O
intervalo é quatro vezes maior que todo o tempo da profecia. (FURADA)
5. Os
dispensacionalistas dizem que Cristo voltará, levará a Igreja para os céus e
então voltará a tratar com os judeus. Ou seja, é uma segunda chance para eles.
Tiveram a chance de se converter na primeira vinda de Cristo, mas não quiseram.
Agora, Cristo voltará para lhes dar outra chance. (FURADA)
6. Os
dispensacionalistas acreditam que Jesus voltará para tratar com os judeus
novamente e que, inclusive, voltarão os sacrifícios e rituais do Antigo
Testamento. (FURADA)
7. Os
dispensacionalistas não explicam a situação dos judeus que vivem hoje. Eles
continuam sendo especiais? Na atualidade, Deus tem dois povos? Se eles precisam
se converter, ou seja, tornar-se parte da Igreja, então Deus só tem um povo na
atualidade? Eles podem continuar a sacrificar e a manter rituais do Antigo
Testamento, já que são diferentes? (FURADA)
8. Os
dispensacionalistas são obrigados a dizer que a tribulação durará 7 anos. Onde
está isso na Bíblia? Mostre um texto em que a Bíblia diga que a grande
tribulação durará 7 anos. Se o período da tribulação é fixo e conhecido, então
seria possível fingir um acordo com a besta e só se revelar cristão depois de 6
anos e 11 meses, para não sofrer. (FURADA)
9. Os
dispensacionalistas не explicam de que lado ficam os que se converterem na
grande tribulação. Serão da Igreja ou judeus? Se forem da Igreja, então a
Igreja não foi arrebatada por completo. (FURADA)
10.
A Bíblia diz que, na tribulação, tentarão
enganar os eleitos. Mateus 24:24: "Porque surgirão falsos cristos e falsos
profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora,
enganariam até os escolhidos". Os dispensacionalistas não explicam se
esses eleitos são da Igreja ou judeus. (FURADA)
11.
Os dispensacionalistas não explicam quem serão
os judeus que terão outra oportunidade com Cristo no período da tribulação.
Ainda existem judeus puros após quase 7.000 anos, com vários períodos de
cativeiro e miscigenação? Serão aqueles que tiverem qualquer descendência
judaica, mesmo que distante, e vivam em outros lugares? Serão apenas os que se
converterem ao judaísmo?
12.
É correto pregar a um judeu que ele pode se
converter agora ou esperar pela "segunda chance"?
13.
É correto dizer que todos os judeus rejeitaram
a Cristo? Não é essa a base para o "parêntese"? Os judeus que se
converteram no período em que Cristo esteve na terra tornaram-se parte da
Igreja, mesmo estando ainda na 69ª semana?
14.
Segundo os dispensacionalistas, a promessa de
um reino terreno para Israel ainda se cumprirá. Isso implica a tese absurda de
que os judeus estavam certos em recusar a Cristo, já que deveriam esperar um
Messias que se sentaria no trono de Jerusalém. Nessa conclusão, os judeus
acertaram em recusar a Cristo, e foi Deus quem errou em mandar um Cristo
humilde. (FURADA)
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