O
Testemunho em Risco: A Falácia da "Maturidade" no Consumo de Álcool
Observo
com crescente alarme uma mudança de paradigma em nossas igrejas: a atração cada
vez maior dos jovens pelo álcool, frequentemente incentivada por um novo
discurso de "maturidade espiritual".
A tese
é que a abstinência é um resquício de legalismo, algo para "mentes fracas
e débeis". Com isso, uma geração que antes não fazia questão de beber,
agora adota a prática como um rito de passagem para uma suposta elite
espiritual, "liberta" das amarras da tradição.
Contudo,
essa "libertação" tem se revelado, na prática, uma capitulação ao
secularismo. A liberdade em Cristo foi trocada pela liberdade de ser igual ao
mundo, e os resultados têm sido espiritualmente devastadores. Os prejuízos são
visíveis: o número de jovens que iniciaram "com um copo" e hoje se
encontram frios e afastados da igreja é um testemunho sombrio do fracasso dessa
teologia.
Lembrar
de uma igreja onde os crentes não buscavam essas coisas mundanas não é
saudosismo; é constatar que a busca sincera por santidade produzia frutos mais
saudáveis e um testemunho mais claro.
Minha
posição não se baseia no medo ou na fraqueza na fé, mas na prudência bíblica e
na responsabilidade pastoral. A pergunta fundamental que essa nova teologia
ignora é: por que correr o risco? Por que introduzir e normalizar no meio da
igreja uma prática que, historicamente, tem sido a porta de entrada para a
ruína de tantas vidas e famílias?
A
questão que um crente verdadeiramente maduro deve se fazer não é "Por que
não posso beber?", mas sim, "Qual a necessidade espiritual que me
leva a beber?". A ausência de uma resposta edificante para a segunda
pergunta deveria ser suficiente para encerrar a primeira.
Que
Deus tenha misericórdia de nós e nos livre dos mestres que, em nome de uma
falsa liberdade, conduzem o rebanho para os pastos perigosos do mundo.
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