Novos

6/recent/ticker-posts

Desculpas ou Prioridades? Uma Reflexão Honesta Sobre Nossa Presença na Igreja

Desculpas ou Prioridades? Uma Reflexão Honesta Sobre Nossa Presença na Igreja

Na correria da vida moderna, é comum nos sentirmos sobrecarregados com compromissos. Trabalho, estudos, família e lazer disputam nossa atenção. Nesse cenário, a participação na vida da igreja pode, por vezes, ser vista como "apenas mais uma atividade". Quando isso acontece, as desculpas para a ausência surgem com facilidade.

É claro que existem razões legítimas e inevitáveis para faltar a um culto ou programação. A vida acontece. Contudo, quando a ausência se torna um padrão, somos chamados a fazer uma pausa e examinar com sinceridade as verdadeiras motivações do nosso coração.

Um Exame Sincero de Nossas Desculpas

Antes de decidir faltar a uma atividade da igreja, que tal nos fazermos algumas perguntas honestas?

1. O argumento do cansaço físico: "Estou doente" ou "Estou cansado." Esta pode ser, sem dúvida, uma razão válida. O descanso é bíblico.

  • A reflexão honesta: Essa mesma indisposição ou cansaço me impediria de ir a uma final de futebol, a um evento de trabalho importante ou à festa de um grande amigo? O que meu corpo fará em vez de ir à igreja? Descansará para se recuperar ou passará horas em frente à TV, navegando em redes sociais ou em outras atividades de lazer?

2. O argumento da agenda: "Tenho outra programação" ou "Tenho que estudar." Organizar o tempo é um desafio real.

  • A reflexão honesta: O que, em minha agenda, tem mais peso do que a comunhão com os irmãos e a adoração a Deus? Essa "outra programação" — seja uma festa, um encontro com amigos ou mesmo uma sessão de estudos — realmente não poderia ser agendada para outro momento? Por que o compromisso com a igreja é frequentemente o primeiro a ser cortado quando a agenda aperta?

3. O argumento da preferência: "Não gosto da programação da igreja." É justo ter preferências pessoais.

  • A reflexão honesta: Minha participação na igreja deve ser baseada apenas no que me agrada, como um consumidor escolhe um produto? Ou sou parte de um corpo, chamado a contribuir, servir e edificar? Já ofereci sugestões construtivas? Já me voluntariei para ajudar a fazer da programação algo melhor? A adoração e a comunhão são sobre meu gosto pessoal ou sobre a glória de Deus e o bem da comunidade?

Se formos brutalmente honestos conosco, perceberemos que, na maioria das vezes, a ausência não se deve a um impedimento real, mas a um problema de prioridade.

O Impacto da Ausência no Corpo de Cristo

Quando escolhemos nos ausentar habitualmente, não estamos apenas "perdendo um culto". Nossa ausência gera um impacto real e negativo na comunidade:

  • Sobrecarga os que servem: O trabalho que poderia ser dividido entre muitos recai sobre os ombros de poucos.
  • Desvaloriza o esforço alheio: Desprestigia o tempo e a dedicação daqueles que prepararam a programação, o louvor, o ensino.
  • Desestimula a comunidade: Uma igreja com bancos vazios desanima tanto os membros fiéis quanto, e principalmente, os recém-convertidos e visitantes.
  • Gera preocupação: A liderança e os irmãos se preocupam, sem saber se a ausência se deve a um problema, uma crise ou um esfriamento espiritual.

Conclusão: Um Coração que Anseia por Deus

Reiteramos: existem razões justas para se ausentar. A vida é complexa. Mas o hábito da ausência raramente se esconde atrás de uma desculpa legítima. Ele revela o que realmente priorizamos. Faltamos porque queremos, e nenhuma justificativa é capaz de massagear essa verdade em nosso coração.

Precisamos refletir sobre isso e cultivar em nós o espírito do Salmista, que não via o culto como uma obrigação, mas como um anseio profundo de sua alma. Que nossa oração seja:

“Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!” (Salmos 84:1-2)

Postar um comentário

0 Comentários